João,
o Amado, 4 de Abril de 2005
EU SOU João, o Amado. Penso que
lembram-se de mim. Sou conhecido como o autor do Apocalipse, A Revelação
segundo João - o Amado.
Registei a informação que recebi como
revelação durante as minhas visões espirituais, quando habitava a ilha de
Patmos.
Escrevi-a de modo a poder transmitir a
essência da Revelação e, ao mesmo tempo, velar esta essência.
Muitas pessoas têm tentado compreender
o sentido da minha Revelação, mas sem sucesso. Não porque o sentido real não
estivesse nas palavras, mas porque a sua compreensão não foi clara.
Usei muitos símbolos e significados
diferentes para um e o mesmo símbolo. Usei palavras com vários significados.
Usei imagens negativas num sentido positivo, e usei uma cronologia que não
poderia ser interpretada à luz do sistema cronológico terrestre.
Tive de fazê-lo assim, porque estava a
falar de um evento que não pertence nem a este milénio, nem ao anterior nem aos
seguintes. Referia-me a um evento que tem vindo a decorrer na Terra durante
todo o período da evolução humana no planeta. Se tivermos em conta a duração da vida humana, mil ou um milhão de
anos significam exatamente o mesmo para um humano. Do ponto de vista do Céu,
essas unidades são iguais, quando comparadas com uma vida humana que dura menos
que cem anos.
Eu reportava-me ao período de evolução
da humanidade, ou seja, todo o ciclo de existência da humanidade em corpo
físico.
Um dragão e uma besta têm significados
diferentes na minha alegoria. O dragão
representa o Bem e a besta, o mal. O dragão desce dos Céus à Terra, persegue a esposa em fúria, e ela concebe uma criança do sexo
masculino. Nesta alegoria, a mulher representa a humanidade. O Dragão simboliza
a Sabedoria Divina, que penetrou o homem. A criança é o fruto dessa Sabedoria, o Eu Superior do homem que
lhe será escondido por mais de mil anos. Procurem compreender, a existência da
humanidade terrestre durante milhões de anos, e a besta, em fúria, durante todo
este período. A besta, de facto, é o
ego do homem, as suas paixões.
A besta tem de ser jogada por terra,
tal como o Dragão foi jogado dos Céus e desceu sobre a matéria, a mãe, a
mulher.
No Apocalipse, referi dois ciclos: o
ciclo de descida à matéria e o ciclo da ascensão a partir da matéria.
Enquanto a humanidade habita a
matéria, sete ciclos passarão. Eles são anunciados pelo som das trompetas
angelicais.
Cada ciclo traz problemas e desafios
que a humanidade tem de superar para libertar-se da besta, que se fundiu com o
ser humano e impede a manifestação da natureza humana Divina.
Todos estes problemas e infortúnios
que a humanidade passa são necessários para que ela perceba a sua natureza
Divina, para libertar-se da besta cuja mente e desejos são carnais e elevar a
sua consciência ao nível da Sabedoria Divina. Esta elevação é simbolizada pela
descida da Cidade Quadrangular, no final dos ciclos.
Os sete ciclos e as sete cabeças do
dragão simbolizam as sete raças humanas.
E, tendo passado por estes sete
ciclos, o homem deve libertar-se da consciência animal e tornar-se um Homem
Divino.
Dei-vos uma alegoria que simboliza a
descida dos Espíritos Supremos à matéria, e dei uma alegoria que representa a
ascensão desses Espíritos a partir da matéria, juntamente com a elevação da
consciência de toda a humanidade. Lamento profundamente que essas imagens e
símbolos que usei tenham sido mal interpretados e distorcidos.
E se lerem esta minha Mensagem,
juntamente com a de Moisés e a de Zaratustra, o sentido da antiga Verdade
ser-vos-á revelado, àqueles de vós que querem conhecer a verdade e àqueles que
estão prontos para a receberem.
Muitos anos passar-se-ão antes que
esta Verdade tome posse da mente de um grande número de pessoas. E muitos anos
passarão, antes que a consciência da maioria das pessoas adquira a transparência
do cristal, para que através dela, a plenitude da Verdade Divina possa passar.
Agora, a vossa consciência é semelhante
a um vidro baço; vocês olham através dele e não conseguem ver a Verdade por
mais que se esforcem. Há os que conseguem ver apenas os contornos gerais da
Verdade e há os que nada veem e têm de confiar no que dizem os que veem algo.
E há também as pessoas que, não vendo
nada, não conseguem confiar naqueles que veem e os acusam de serem mentirosos
ou então invejam-nos.
A besta da ignorância humana ainda vai
reinar sobre as mentes dos seres humanos por um longo tempo. Muitas pessoas são
semelhantes a bestas, incapazes de ouvir a voz da Razão, nem em si nem nos
outros. E assim sendo, apenas o tormento, o infortúnio e o sofrimento podem ensiná-las
a serem gente. Elas atraem esses tormentos sobre si mesmas, através dos seus
atos, das suas ações em relação aos outros, à natureza e à Mãe Terra.
O tempo em que vivem é terrível. As
paixões mais obscuras enraivecem as pessoas. Não querem ouvir a voz da Razão e
não querem voltar ao Caminho do conhecimento da Verdade Divina.
Tudo sucederá como descrevi. E ninguém
deixará de beber a sua taça.
Assim foi e assim será.
Mas, mais cedo ou mais tarde, os
ciclos chegarão ao seu termo e o ser humano libertar-se-á da sua natureza
animal e será recompensado, passando a habitar no mundo celestial que ele mereceu
e que seguramente vai atingir na sua consciência.
Tudo será exatamente como descrevi.
Basta lê-lo.
Hoje dei-vos as pistas necessárias
para entenderem a minha Revelação.
Disse tudo aquilo que era para dizer.
Para aqueles que compreendem, já disse muito; e para aqueles que não são
capazes de entender, não disse nada.
EU SOU João, o Amado, e estive
convosco hoje.
Mensagem da webpage: www.sirius-eng.net
Tradução de: José Caldas in Palavras de
Sabedoria, Tomo I, pág.154, Publicações Maitreya
Revisão de: Anandi Dhuni
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